- A Campanha da Mãe Peregrina
- Iniciador da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt
- A Imagem da Mãe Rainha
- Uma visita abençoada
- Modalidades
- Orações
- A Peregrina Original
Um dos mais belos frutos da grande árvore de Schoenstatt
A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt faz parte da Obra Internacional de Schoenstatt, fundada pelo Pe. José Kentenich no dia 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha.
No ano de 1948, Pe. José Kentenich expressa seu desejo que a Imagem de graças da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt tenha um lugar de honra nos lares. Ele escreve em Santa Maria/RS:
“Levem a Imagem da Mãe de Deus e lhe dêem um lugar de honra nos lares. Assim eles se tornarão pequenos Santuários nos quais a Imagem de graças se manifestará, operando milagres de graças, criando uma Santa Terra das Famílias e formando santos membros da família…” (15 de abril de 1948).
Um instrumento disponível para servir
Em 1950, o sr. João Luiz Pozzobon, dono de um pequeno comércio, pai de sete filhos e católico fervoroso participa de um grupo de homens, no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Santa Maria (RS/1947). Recebe a formação schoenstattiana sob a orientação do Pe. Celestino Trevisan – sacerdote Pallottino. Assim, pode não só conhecer a espiritualidade de Schoenstatt, mas vivê-la em
profundidade.
No dia 10 de setembro de 1950, é convidado pela Irmã M. Teresinha Gobbo, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, – que também dava formação schoenstattiana, especialmente aos ramos femininos e às famílias do Movimento de Schoenstatt – a levar a Imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para visitar as famílias. Irmã Teresinha entrega-lhe a Imagem, abençoada no Santuário, pelo Pe. Celestino, com as palavras:
“Esta Imagem ficará sob seu cuidado. Não é preciso que reze o terço todas as
noites. Apenas deverá cuidar que peregrine de casa em casa.”
Sr. João aceita esse convite. Assume a tarefa de levar a Imagem Peregrina da Mãe e Rainha de Schoenstatt às famílias e exerce esse apostolado durante 35 anos, até a data de seu falecimento em 27 de junho de 1985. Com ela percorre mais de 140.000 Km. Em todos esses anos, não deixa um dia sequer de praticar esse apostolado. A partir de 1959, a presença e atuação de Maria multiplica-se por meio das pequenas Imagens da Mãe Peregrina na forma atual, que visitam mensalmente as famílias.
Ampliação Mundial
A Campanha da Mãe Peregrina tomou uma dimensão internacional a partir da visita do sr. João Pozzobon, com a Imagem Peregrina ao lugar de Fundação da Obra de Schoenstatt, na Alemanha e em Roma, no ano de 1979.
Atualmente, a Campanha da Mãe Peregrina se faz presente nos cinco continentes e em todos os países da América Latina. A Imagem original com a qual o sr. João Pozzobon peregrinou por 35 anos encontra-se no Centro Mariano (Casa do Movimento de Schoenstatt) em Santa Maria/RS, onde pode ser visitada por todos.
Apoiado e abençoado pelo Fundador de Schoenstatt
Referindo-se a essa bela Campanha, o Pe. José Kentenich, de quem o Sr. João se considerava um aluninho – após abençoar essa iniciativa – assim a considera:
“Praticamente foi isso que sempre fizemos até agora, por meio do Movimento Apostólico de Schoenstatt: abrir espaços à Mãe de Deus para que Ela opere com as graças do seu Santuário, o abrigo e conforto espirituais, a transformação interior e o ardor apostólico. A Campanha demonstra como são verdadeiras as palavras de São Vicente Pallotti sobre Maria Santíssima: ‘Ela é a grande Missionária; Ela opera milagres de graças’. Trata-se de um autêntico método moderno de Pastoral”.
Uma Campanha em saída
Deus escolheu o Diácono João Luiz Pozzobon para uma grande missão: iniciar a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Nele se comprovam as palavras do Pe. José Kentenich, Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt, dirigindo-se à Mãe de Deus: “ÉS TU QUEM GRANDES OBRAS, SÓ POR PEQUENOS FAZ!”
A história de João Luiz Pozzobon é a história de uma grande iniciativa de Deus e da Mãe de Deus a serviço da nova evangelização.
A santidade que se irradiava desse homem simples é o segredo da inexplicável expansão da Campanha. Conforme o Evangelho, a árvore se conhece por seus frutos (MT 7,17); por isso, o mistério da frutuosidade apostólica da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt tem seu fundamento na vida do Diácono Pozzobon, que aparentemente era insignificante, mas que se tornou grande.
O Santuário de Schoenstatt foi sua escola de santidade. Nesse lugar de graças, ele compreendeu a missão que Deus lhe confiara e entregou-se totalmente a ela.
Ele foi formado na escola espiritual do Pe. José Kentenich. Os contatos pessoais e por cartas com ele foram decisivos. Considerava-se um “pequeno aluno”, um colaborador, sempre unido ao Fundador. Ele ofereceu sua vida para o desenvolvimento da Obra de Schoenstatt e, como um Simão Cirineu, queria ajudar o Pe. José Kentenich a carregar a cruz da missão que lhe foi confiada!
De João Luiz Pozzobon podemos dizer que sua vida e obra foram cunhadas pelo espírito heróico, pela docilidade e ardor apostólico. Como pequeno aluno do Pe. José Kentenich, aprendeu a ser um filho heróico de nossa Mãe e Rainha e um apóstolo incansável do Santuário, a serviço dos mais necessitados.
Fonte: www.maeperegrina.org.br
A imagem de Maria utilizada na Campanha da Mãe Peregrina é a mesma venerada no Santuário de Schoenstatt sob o título: Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. As diversas partes do nome, além de um profundo conteúdo pelo processo histórico e agraciado, têm seu fundamento teológico:
Mãe – ela nos foi dada como Mãe por Jesus agonizante na cruz: “Eis ai a tua Mãe!” (Jo 19, 27). Como Igreja formamos o corpo místico de Jesus Cristo, portanto, sua Mãe é também a nossa Mãe.
Rainha – Maria foi concebida sem pecado, é a criatura mais perfeita, a obra-prima do Altíssimo Senhor. Ela é Mãe do Rei do Universo. Na anunciação disse-lhe o Anjo: “Eis que conceberás e darás à luz um Filho… Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1,31). Depois de sua assunção ao céu ela foi coroada como Rainha do céu e da terra.
Vencedora – Deus lhe deu o poder de esmagar a cabeça da serpente e triunfar sobre todos os poderes diabólicos. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça…” (Gen. 3,15). Ela continuará a vencer todos os inimigos do Reino de seu Filho: “A vitória virá por meio de Maria, porque Cristo quer que a sua vitória a ela esteja unida”. (Papa João Paulo II)
Três Vezes Admirável – É a obra mais perfeita de Deus Trino, a Filha admirável do Pai eterno, a Esposa admirável do Espírito Santo e a Mãe admirável do Filho divino. Maria é Admirável como: Mãe de Deus, Mãe do Redentor e Mãe dos remidos.
De Schoenstatt – Deus escolheu esse lugar singelo para que ela estabelecesse neste Santuário de Graças, iniciando uma peregrinação mundial em busca dos filhos ao Pai. Schoenstatt é uma palavra alemã que significa “Belo Lugar”. Tendo uma natureza muito bela, o lugar torna-se ainda mais belo porque ali o Divino irrompe no humano, pela presença de Maria no Santuário de graças. Lugar abençoado de peregrinações, onde muitos, por Maria, com Cristo e no Espírito Santo chegam ao Pai eterno. Schoenstatt é uma Obra Internacional, um movimento de renovação religioso-moral a serviço da Igreja.
Um título que se faz com a história
O título desenvolveu-se num processo histórico.
Em 1914, não havia uma imagem ou quadro de Nossa Senhora na Capelinha. Após selar a Aliança de Amor, Pe. Kentenich e os seminaristas refletem sobre a imagem de Maria que a Divina Providência lhes indicaria. Um professor do seminário, em 1915, presenteia-lhes um quadro de Nossa Senhora, cujo título original era Refúgio dos Pecadores.
Um título com missão mundial
Fazendo um paralelo com a Congregação Mariana de Ingolstatt, cuja padroeira era a Mãe Três Vezes Admirável, eles decidem invocar a nova Imagem com o mesmo nome. Suplicando a ela que, da mesma forma como a Congregação de Ingolstatt conseguiu assegurar a genuinidade da fé católica em grande parte da Alemanha, durante o período da Reforma, também de Schoenstatt partisse um movimento de renovação para todo o mundo. Para manifestar esse pedido, acrescenta-se Schoenstatt ao título. Ficando então: Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Os perigos da Guerra aprofundam a confiança
No decorrer da segunda guerra mundial, quando os ideais nazistas destruíam a terra alemã, Hitler se posicionava como o único soberano. Em contrapartida Pe. Kentenich anuncia a Imagem de Cristo como Rei e Senhor. A Obra de Schoenstatt sofre duras perseguições e é ameaçada de destruição. Isso leva os membros da Obra a aprofundarem sua doação a Maria, e coroá-la, em 1939, como sua única Rainha, a quem davam todos os direitos de reinar sobre suas vidas.
Após a II guerra, o Fundador acrescenta ao título a invocação de Rainha, por tudo o que ela realizou na Obra de Schoenstatt nesses anos difíceis. Padre Kentenich estimula os membros da Família de Schoenstatt a uma confiante entrega total ao seu poder intercessor. Ela passa a ser invocada como Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
A vitória divina pela comprovação da fidelidade
Entre os anos de 1951 a 1965, mais uma vez, a Obra de Schoenstatt passa pelo cadinho da purificação por meio do sofrimento. Dessa vez trata-se da comprovação por parte da Igreja. O Fundador é exilado por 14 anos e nesse período, muitas vezes sua Obra esteve suspensa no sinal da cruz, em grande perigo de ser dissolvida por autoridades eclesiásticas.
Pe. Kentenich e seus filhos espirituais veem tudo isso como uma permissão divina para que tanto mais possam amar a Igreja e aprofundarem a confiança no poder de Maria. Entregam a ela todas as dificuldades, julgadas humanamente impossíveis de se resolverem a favor de Schoenstatt. Ela haveria de vencer! E venceu! Após o Concílio, o Fundador é reabilitado pela Santa Sé e toda a Obra é reconhecida como fruto do atuar do Espírito Santo.
Formato da Imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt
Em 1º de fevereiro de 1959, Sr. João recebe de seus filhos uma Imagem menor do que a Peregrina Original com qual havia iniciado a Campanha. A silhueta lembra o Santuário de Schoenstatt. Coloca a Imagem como peregrina a circular num grupo de 30 famílias, chamando-a de peregrina das famílias. A pedido de outras famílias que também desejavam recebê-la foi-se fazendo outras réplicas. As imagens são sempre idênticas à primeira e, como ela, abençoadas e enviadas do Santuário de Schoenstatt.
Coroa na Imagem Peregrina
A coroação da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt tem uma caminhada histórica. A coroação da Peregrina Original acontece em 10 de setembro de 1955, quando a Campanha completava cinco anos. A coroa foi conquistada material e espiritualmente pelo Sr. João e as crianças da Escola Humberto de Campos, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. A partir deste momento a coroação da Mãe Peregrina Original é renovada a cada ano.
A coroação das Imagens da Mãe Peregrina das famílias acontece a partir de 1999, numa homenagem à Mãe de Deus pelos 2000 anos de sua maternidade divina, em gratidão pelos grandes prodígios que ela realiza há 50 anos por meio da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt e como expressão da confiança que, com nossa colaboração, ela cuidará que o terceiro milênio seja o milênio do Reinado de seu Filho. Por isso, na coroação ela é proclamada Rainha da Família e do Novo Milênio.
O modelo da coroa corresponde ao mesmo da coroa que a Mãe e Rainha de Schoenstatt recebe em todos os Santuários de graças. Isso sempre nos lembra que sua atuação como Mãe Peregrina está estreitamente unida ao Santuário de graças, de onde ela parte ao encontro das famílias.
Maria, nossa Estrela-guia
Em preparação aos 100 anos do Movimento Apostólico de Schoenstatt, celebrado em 2014 as Imagens da Mãe Peregrina receberam uma estrela comemorativa como marco das celebrações do Centenário da Aliança de Amor.
Fonte: www.maeperegrina.org.br
Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que quem nos visita, no sinal da Imagem Peregrina, é realmente a Mãe de Deus, trazendo seu Filho nos braços. Entre milhares de famílias, ela escolheu a nossa. Partindo de seu Santuário de graças, ela quer morar conosco, um dia por mês, conhecer nossa realidade familiar com suas alegrias, esperanças e dificuldades.
Maria, a peregrina da Redenção
Recordemos um fato bíblico:
“Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a Mãe do meu Senhor me visite? Pois, quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido’. (…)
Maria permaneceu com Isabel mais ou menos três meses e voltou para sua casa!” (Lc 1,39-56)
O Fundador da Obra de Schoenstatt, Pe. José Kentenich, disse certa vez:
“Considerando a cena da Visitação, vemos como a Mãe de Deus vai pressurosa pelas montanhas… mesmo sem ter recebido ordem alguma… achou natural que não podia mais ter sossego em permanecer na sua pequena casinha. Com Cristo sob seu coração, ela devia ir pressurosa pelas montanhas, levá-lo de maneira profunda e singular à sua prima… Chegando à casa de Zacarias, desdobra plenamente sua colaboração na atividade redentora de Cristo…”.
Ela entra nessa casa, e o que acontece? Prodígios de graças, sim, um milagre da graça após outro… Podemos dizer que ela foi a primeira ‘assistente social’ cristã da família. Ela serviu a família também no sentido natural – trabalhou e ajudou!”
Uma Mãe que vai ao encontro dos filhos
O Papa São João Paulo II também afirma:
“De fato, a Mãe não espera os filhos só em sua própria casa, mas segue-os por toda parte onde estabeleçam residência. Onde quer que vivam, onde quer que trabalhem, onde quer que formem as suas famílias, onde quer que estejam presos a um leito de dor e até em qualquer caminho errado em que se encontrem, lá onde estejam esquecidos de Deus e carregados de culpa. Lá, em toda parte…”
Um lugar de honra para quem nos visita
Por isso, é muito importante que ela e seu divino Filho sejam acolhidos como pessoas muito queridas e recebam um lugar de honra, que pode ser exteriorizado pelo arranjo da casa.
Ao acolhê-la podemos rezar a Oração de recepção, dando-lhe as boas vindas em nosso lar.
Ela mora conosco por um dia
No dia em que ela está conosco façamos nossa oração, tanto quanto possível em família, diante de sua Imagem de graça. Digamos a ela como passamos o mês, desde a sua última visita e o que esperamos para o próximo mês. Levemos a ela nossas intenções familiares, de nossos amigos, comunidade, paróquia, enfim, por nossa oração abracemos o mundo inteiro.
Podemos ler e meditar textos bíblicos ou refletir sobre outros assuntos religiosos, rezar o terço e oferecer nossas contribuições ao Capital de Graças.
Antes de levar a Mãe Peregrina para a família seguinte, reza-se a Oração de despedida.
Proporcionar a mesma alegria à família vizinha
Ao conduzi-la à outra casa, a Imagem é levada por uma pessoa adulta (exceto a Imagem própria para as crianças). Evita-se deixá-la na porta da casa, na portaria do prédio, passá-la pelo muro, janela, ou enviá-la sozinha pelo elevador. Uma visita tão importante sempre é conduzida pessoalmente e é acolhida na entrada da casa.
Passamos o mês, cheios de alegre esperança, pois sabemos que a Mãe de Deus nos acompanha e podemos contar com sua ajuda em todas as situações. Esforçamo-nos para “fazer tudo o que seu Filho nos disser” (Cf Jo 2,5) e assim cresçamos na santidade edificando o Reino de Deus.
Gostaria de receber a visita da Mãe Peregrina em sua casa?
As famílias que desejam receber a visita da Mãe Peregrina de Schoenstatt e querem maiores informações, podem entrar em contato com o Secretariado da Campanha da Mãe Peregrina ou procurar informações em sua própria paróquia.
Fonte: www.maeperegrina.org.br
Inspirado na atitude de Maria que foi ao encontro de sua prima Isabel (cf. Lc 1, 39-41), a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt é um apostolado mariano. A partir do Santuário, a Mãe de Deus caminha pelas estradas do mundo visitando seus filhos. Ela vai ao encontro de todos, atenta às diversas realidades e situações da vida e da sociedade: familiares, educacional, social, cultural, da saúde, prisões, etc…
Todas as modalidades de imagens peregrinas no Brasil são organizadas, cadastradas e enviadas a partir de dois secretariados da Campanha da Mãe Peregrina: um em Atibaia/SP e outro em Santa Maria/RS.
As Imagens Peregrinas são classificadas em modalidades, de acordo com o apostolado que é exercido.
A Campanha da Mãe Peregrina atende as seguintes modalidades:
– Mãe Peregrina das Famílias
– Mãe Peregrina dos Enfermos
– Mãe Peregrina dos Deficientes Visuais
– Mãe Peregrina Infanto Juvenil e Jovem
– Mãe Peregrina Ocasional
– Mãe Peregrina Paroquial
– Mãe Peregrina Auxiliar
– Oração de recepção da Imagem
Querida Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt! Alegramo-nos que mais uma vez queres visitar o nosso lar. Cremos que nos concederás muitas graças.
Sobretudo, queres abrigar-nos em teu coração materno, transformar-nos em imagens de teu Filho divino e fazer de cada membro de nossa família um verdadeiro apóstolo para teu reino. Assim farás de nossa família um reino de amor e de paz, como foi o teu lar em Nazaré.
Queremos colocar tudo, nossas alegrias e sofrimentos, em tuas mãos maternais, para o “Capital de Graças”. Sabemos que, em nossa família, tudo é importante para ti. Por isso, Mãe, nós te acolhemos com ternura e amor. Como família, queremos passar contigo este dia tão especial. Muito obrigado, querida Mãe, por tua visita. Amém!
– Oração de despedida
Querida Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt! Agradecemos que passaste este dia conosco. Foram tantas as graças que presenteaste à nossa família.
Sabemos que agora irás visitar outro lar, mas tua presença materna continuará conosco, protegendo-nos, formando e nos guiando. Nunca vens sozinha, sempre trazes nos braços o teu Filho Jesus e, como nas bodas de Caná, poderás dizer qual o “vinho”* que falta ao nosso lar! Ó Mãe, tu o imploraste conosco e por nós a teu Filho. Por isso, agradecemos as muitas bênçãos que nossa família recebeu por tua vinda à nossa casa. Mãe, é com carinho que nos despedimos, na saudosa esperança de tua volta, no próximo mês.
Obrigado, querida Mãe. Amém!
* Entenda-se “vinho” no sentido figurado: preocupações, aflições, pedidos…
– Vamos rezar com nossos enfermos
Senhor Jesus, pela vossa palavra e pelos gestos de vossas mãos,
curastes cegos, paralíticos, leprosos e tantos outros doentes.
Animados pela fé, nós também vimos suplicar
pelos nossos enfermos.
Dai-lhes, Senhor: A graça da perseverança na oração,
apesar do desânimo próprio da doença.
A graça da coragem para buscar a cura,
mesmo depois de várias tentativas.
A graça da simplicidade para aceitar a ajuda dos profissionais,
familiares e amigos.
A graça da humildade,para reconhecer as próprias limitações.
A graça da paciência nas dores e dificuldades do tratamento.
A graça de compreender, pela fé, a transitoriedade desta vida.
A graça de entender que o pecado é a maior de todas as enfermidades.
Que tenhamos todos a compreensão
de que no sofrimento humano se completa
vossa Paixão Redentora.
Se for para vossa glória, nós vos pedimos
a cura de todos os nossos enfermos.
Amém!
* Elaborado pela Arquidiocese de São Paulo
– Para rezar no Santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt
Querida Mãe e Rainha: Venho a teu Santuário buscar o silêncio que, lá fora, num mundo cheio de ruídos, não é fácil encontrar.
Em meu ambiente, muitas vezes, se vive a intranqüilidade na família, nem sempre se vive a alegria, por isso, às vezes a vida se torna difícil.
Hoje, junto a ti quero encontrar a paz; queria silenciar meu coração que, muitas vezes, não pode rezar porque minha alma não pode descansar em Ti.
Agora não sei o que Te dizer, pois meu coração está cheio de tantas coisas… Desejo renovar-me interiormente em Tua presença, aqui diante de Teu trono, diante de Teu Filho vivo e presente no Sacrário. Com muita esperança vim a Teu Santuário. Queria ficar aqui espiritualmente para sempre e receber com o coração aberto, tudo o que me tens preparado.
Mãe, ao olhar Tua imagem, descubro que Tu me olhas como se estivesse me esperando. Eu sei que queres ser minha mãe; Cristo Teu Filho, deu-LHE esta grande missão desde a cruz, quando disse a João: “Eis aí Tua Mãe!”. E Tu me aceitas como sou; com tudo o que me preocupa e me alegra, com meus desejos e necessidades, com meus talentos e misérias e em Teu coração encontro abrigo, segurança e paz.
Ali me sinto abrigado. Mãe, escreve meu nome em Teu coração e não o tires jamais; nele, ensina-me a arte de descobrir o amor Misericordioso do Pai em todas as circunstâncias da minha vida. Educa-me para que sempre possa dar um sim disposto à vontade de Deus. Transforma meu pequeno coração, dá-me a graça que me impulsiona a colaborar na construção do Reino de Deus em meu ambiente.
Por isso hoje me entrego a Ti: Ó minha Senhora. oh minha Mãe, eu me ofereço…
Tradução: Candida Papini
– Tu és Três vezes Admirável e e sou mil vezes Miserável
“Mãe, Rainha e Vencedora Três vezes Admirável. Mostra-te mãe na minha vida.
Toma-me nos teus braços, toda vez que sou frágil.
Mostra-te Rainha e faz do meu coração o teu trono.
Reina em tudo o que eu fizer.
Eu te corôo como Rainha dos meus empreendimentos,
dos meus sonhos e dos meus esforços.
Mostra-te vencedora no meu dia a dia, esmagando a cabeça da serpente do mau nas tentações que me afligem.
Vence em mim o egoísmo, a falta de fé, de esperança e de amor.
Tu és Três vezes Admirável.
Eu sou mil vezes Miserável.
Converte-me Mãe para a gloria de teu filho Jesus,
Amém.”
Autor: Padre Antônio Maria Borges
– Rainha eu creio
Rainha, eu creio em vosso poder, ó Mãe Admirável, eu creio sem ver. Vossa soberania vitoriosa me dá alento e confiança que não falhará. Eu vos amo, ó Mãe, que sempre me amais. Eu vos amo também quando nada me dais. Aumentai minha fé, a confiança e o ardor. Em tudo me dai conhecer vosso amor. Amém!
– Consagração da Família à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt
Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt!
Nós te saudamos, cheios de alegria e gratidão, pois visitas nossos lares. Cremos que estás realmente entre nós. Por isso, diante de tua imagem de graças, espiritualmente em teu Santuário, queremos consagrar nossa família, entregando-nos a ti com tudo o que somos e temos.
Aceita-nos, Mãe querida, e abriga-nos profundamente em teu coração. Recebe cada membro de nossa família, com todas as suas alegrias, responsabilidades e preocupações. Faze que conservemos viva, em nossos corações, a chama da fé e do amor, da pureza e da oração.
Concede-nos tua proteção maternal. Seja a Rainha de nossa família (dizer o sobrenome da família) em todas as circunstâncias. Transforma nossa casa num verdadeiro lar, reino de paz, de alegria e de amor. Faze que nele reine a harmonia, a delicadeza e o respeito entre pais e filhos e prontamente nos sirvamos uns aos outros, com desprendimento pessoal.
Mãe, nós te pedimos por todas as famílias do mundo inteiro. Olha com amor solícito as famílias que estão em dificuldades.
Mãe e Rainha da Família, abençoe-nos, protege-nos e guarda-nos em teu coração. Amém.
Fonte: Projeto JLP e www.maeperegrina
Vamos conhecer a história da assim chamada ‘Imagem Peregrina Original’, ou seja, a imagem da Mãe e Rainha de Schoenstatt, que João Pozzobon recebeu em 10 de setembro de 1950 e peregrinou durante 35 anos. Antes de morrer, João Pozzobon confiou esta imagem histórica às Irmãs de Maria de Schoenstatt, que a custodiam no Centro Mariano, sede do Movimento de Schoenstatt em Santa Maria.
Consultando os arquivos históricos da causa de canonização de João Pozzobon e da secretaria da Campanha em Santa Maria/Brasil, onde constam anotações, gravações e entrevistas feitas pelo Pe. Esteban Uriburu, chegamos aos seguintes dados.
Assim é a história
É de conhecimento geral em Santa Maria, e também confirmado pelo próprio João Pozzobon nas suas anotações, que em 1950 foram feitas algumas imagens ‘iguais’ da Mãe Três Vezes Admirável, em madeira e na forma do Santuário (Falou-se muito tempo de três imagens, João Pozzobon se recorda de quatro imagens iguais). Estas foram confiadas a homens do Movimento para peregrinarem entre as famílias em preparação à proclamação do dogma da Assunção de Maria. Existem nas crônicas do Movimento de Santa Maria fotos de outubro de 1950, com quatro imagens ‘peregrinas’.
Infelizmente, não existem notícias do paradeiro destas outras imagens, nem nomes dos outros homens que exerceram este apostolado. Eles devem ter feito o que lhes foi proposto: peregrinar com a imagem durante pouco tempo, até a proclamação do dogma. João Pozzobon continuou ‘somente’ por mais 35 anos!
Entre os anos 40 e 50, a devoção à Mãe e Rainha de Schoenstatt foi criando raízes em Santa Maria e nos arredores. Depois da inauguração do Santuário Tabor, foram organizadas muitas romarias e procissões. A crônica do Movimento de Santa Maria relata que, por exemplo, em 1953, na 2ª edição da Romaria da Primavera, participaram três mil pessoas e foram trazidas ao Santuário quinze imagens da Mãe e Rainha.
Como surgiu o formato da Imagem
Quanto ao formato da Imagem Peregrina Original, existem documentos que afirmam que – como modelo – foi tomada uma pequena imagem da Mãe e Rainha em madeira e na forma de Santuário, vinda da Alemanha e pertencente a um grupo de Irmãs de Maria. A Irmã proprietária desta imagem, deixou descrito detalhadamente os diálogos com a Ir. M. Terezinha sobre os planos de fazer as ‘imagens peregrinas’ segundo o modelo da sua capelinha.
A própria Ir. M Terezinha ainda vivia quando era já contada a história que o modelo da Imagem Peregrina Original foi tirado da imagem deste grupo de Irmãs. E ela nunca se opôs a esta versão, o que testemunha a sua veracidade. Já quanto ao lugar onde foram fabricadas as imagens, quando perguntado por Pe. Esteban Uriburu, João Pozzobon não duvidou em indicar uma escola técnica de marcenaria dirigida, na época, por Irmãos Maristas. (A ‘Escola de Artes e Ofícios’, situada na Avenida Rio Branco, em Santa Maria, extinta nos anos 80.)
Quem teve a ideia de fazer peregrinar a imagem da Mãe e Rainha nas famílias?
É difícil responder esta pergunta. Segundo os testemunhos de João Pozzobon, sabemos que Pe. Celestino Trevisan e Ir. M. Terezinha propuseram esta ideia aos membros do Movimento e mandaram fazer as imagens. Foi em setembro de 1950, durante um retiro para homens, onde se estimulou a oração do terço seguindo as sugestões dadas pelo Papa de então, Pio XII.
Deve-se levar em consideração que o costume de fazer peregrinar imagens nas famílias já era conhecido no Brasil, especialmente em regiões de colonização italiana. Também as Irmãs de Maria, para preparar a inauguração da sua casa em Santa Maria, no ano de 1945, visitaram as famílias da paróquia com um ‘altar portátil da MTA’. As anotações de João Pozzobon em seu diário, ainda antes do início da Campanha, relatam também o seu desejo de fazer algo pela salvação das famílias e que ele há mais tempo refletia o que poderia fazer pela Mãe de Deus.
É interessante recordar que João Pozzobon, juntamente com outras pessoas do Movimento, fez sua consagração de Carta Branca no Santuário Tabor em 18 de outubro de 1950, pouco mais de um mês depois de iniciar a Campanha, sob o lema ‘ser vítima para a santificação das famílias’. E, na preparação para este dia, escreveu no seu diário que estava consciente de ser chamado por Maria a uma missão e de estar preparado ‘para tudo’.
A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt encontra sua raiz na Aliança de Amor com a Mãe e Rainha de Schoenstatt, no Santuário. É concretização das palavras de nosso Pai e Fundador em 15 de abril de 1948, perenizadas na carta de Santa Maria:
“Levem a imagem da Mãe de Deus e deem-lhe um lugar de honra em seus lares. Assim, estes se transformarão em pequenos Santuários, nos quais a imagem de graças atuará eficazmente, criando uma terra santa na família, e formando santos membros da família.”
Louvemos a Deus e nossa querida Mãe e Rainha porque estas palavras se tornaram realidade!
Os documentos citados no artigo pertencem à causa de canonização de João Pozzobon.
Fontes: Os documentos citados no artigo pertencem à causa de canonização de João Pozzobon. Pe. Argemiro Ferraccioli e Ir M Rosequiel Fávero