A Campanha da Mãe Peregrina

Os mistérios de Deus são insondáveis, mas revelam-se gradativamente nos acontecimentos dos fatos. Assim também foi o que aconteceu com uma das primeiras grandes iniciativas apostólicas do Servo de Deus João Luiz Pozzobon. A Campanha da Mãe Peregrina começou a partir de iniciativas, talvez considerada insignificante nas suas origens, mas que pela heroicidade de um homem que confiou na força de Deus; tornou-se uma grandiosa obra de evangelização dentro da Igreja.

Em1947,  João Pozzobon, então dono de um pequeno comércio, pai de sete filhos e católico fervoroso participa de um grupo de homens, no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Santa Maria/RS). Recebe a formação schoenstattiana sob a orientação do Pe. Celestino Trevisan – sacerdote Pallottino, que pregava retiros de formação para homens.  Foi o primeiro contato que João teve com a Espiritualidade de Schoenstatt através deste sacerdote.

No dia 10 de setembro de 1950, é convidado pela Irmã M. Teresinha Gobbo, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, que auxiliava nos retiros, a levar a Imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para visitar as famílias. Irmã Teresinha entrega-lhe a Imagem, abençoada no Santuário, pelo Pe. Celestino, e orienta-o para que cuide da Imagem e que se preocupe de que ela peregrine de casa em casa.

João Pozzobon aceita esse convite. Começa na rua em frente ao Santuário. Todos os dias preocupava-se que a Imagem chegasse a outra família e buscava junto com a família rezar o terço. Assim, novas famílias foram solicitando a presença da Imagem Peregrina e a oração do Terço.

Assumindo a tarefa de levar a Imagem Peregrina da Mãe e Rainha de Schoenstatt às famílias o fará esse apostolado durante 35 anos, até a data de seu falecimento em 27 de junho de 1985. Com ela percorre mais de 140.000 Km. Em todos esses anos, não deixa um dia sequer de praticar esse apostolado. A partir de 1959, a presença e atuação de Maria multiplica-se por meio das pequenas Imagens da Mãe Peregrina na forma atual, que visitam mensalmente as famílias.

Ampliação Mundial 

A Campanha da Mãe Peregrina tomou uma dimensão internacional a partir da visita do sr. João Pozzobon, com a Imagem Peregrina ao lugar de Fundação da Obra de Schoenstatt, na Alemanha e em Roma, no ano de 1979.

Atualmente, a Campanha da Mãe Peregrina se faz presente nos cinco continentes e em todos os países da América Latina.

Apoiado e abençoado pelo Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt

Referindo-se a essa bela Campanha, o Pe. José Kentenich, de quem o Sr. João se considerava um aluninho – após abençoar essa iniciativa – assim a considera:

“Praticamente foi isso que sempre fizemos até agora, por meio do Movimento Apostólico de Schoenstatt: abrir espaços à Mãe de Deus para que Ela opere com as graças do seu Santuário, o abrigo e conforto espirituais, a transformação interior e o ardor apostólico. A Campanha demonstra como são verdadeiras as palavras de São Vicente Pallotti sobre Maria Santíssima: ‘Ela é a grande Missionária; Ela opera milagres de graças’. Trata-se de um autêntico método moderno de Pastoral”.

Uma Campanha em saída

A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt corresponde aos objetivos que a Igreja propõe a todo povo de Deus: ser missionário de Jesus Cristo, evangelizar, sobretudo os mais necessitados, que estão afastados da Igreja. Sua estrutura diocesana permite uma inserção plena na realidade de cada paróquia e diocese. Está presente em todos Estados do Brasil, em muitas dioceses, paróquias e cidades do país.

1 – Imagem Peregrina Original

A Imagem Peregrina Original (original por ser a primeira em tamanho e formato) foi entregue pela Ir. Teresinha Gobbo ao Sr. João Pozzobon em 10 de setembro de 1950, com o intuito de visitar as famílias e rezar o terço. Isso foi incentivado através do Pe. Celestino Trevisan e Ir. Teresinha Gobbo que cuidava pastoralmente das atividades do Movimento Apostólico naquela época. O contexto era a preparação do ano Santo de 1950, onde o Papa Pio XII incentivou a oração do Terço.

Com esta Imagem, o Sr. João fez sua história de vida de peregrino. Consta-se que peregrinou mais de 140.000 quilômetros visitando escolar, presídios, famílias, capelas, paróquias, hospitais, etc. Juntamente ele carregava uma maleta onde continha seus pertences e materiais de evangelização, somando ao total 13 quilos. Isso lhe custou um grande calo no ombro esquerdo.

Quanto ao formato da Imagem Peregrina Original, muito provável, foi inspirado numa imagem da Mãe e Rainha em madeira e na forma de um Santuário pequeno vindo da Alemanha, e que pertencia a um grupo de irmãs. A irmã proprietária da imagem partilhou com a Irmã Terezinha planos de fazer imagens peregrinas seguindo aquele modelo. A Imagem Peregrina Original foi feito numa escola técnica de marceneira “Escola de Artes e Ofícios” dirigida, naquele tempo, pelos Irmãos Maristas.  Nos primeiros anos a Imagem Peregrina Original não tinha a Cruz encima, a qual foi colocada no ano de 1964, a pedido do João Pozzobon, ainda não tinham as portinhas. Elas foram feitas mais tarde para proteger a imagem.A Imagem original com a qual o sr. João Pozzobon peregrinou por 35 anos encontra-se no Centro Mariano (Casa do Movimento de Schoenstatt) em Santa Maria/RS, onde pode ser visitada por todos. O Padre Kentenich, referindo-se ao trabalho do Sr. João disse que o que ele fazia era uma pastoral moderna e genuína. Recomendava, especialmente aos sacerdotes, a olharem de perto o estilo e a fecundidade do trabalho desenvolvido pelo João.

2 – IMAGENS AUXILIARES

As Imagens Peregrinas Auxiliares – São as imagens destinadas a uma diocese, a um Santuário Diocesano ou a um apostolado maior específico, sob a responsabilidade de um(a) missionáiro (a). A primeira foi recebida das mãos do Sr. João Pozzobom pelo Diácono Ubaldo Pimentel, em Santa Maria, Brasil no dia 8 de dezembro de 1979. São réplicas fiéis da Imagem Peregrina Original, com o mesmo tamanho e formato. Como expressão da sua união com a ‘Original’, todas as ‘Auxiliares’ são bentas e partem do Santuário de Schoenstatt de Santa Maria, que é o lugar de origem da Campanha.  A primeira Imagem Peregrina Auxiliar foi feito na Oficina dos Imãos de Maria pelo  Sr. Ernesto Brandstetter. E é da oficina dos Irmãos de Maria em Santa Maria/RS que, até hoje, partem todas as Imagens Peregrinas Auxiliares para o mundo inteiro.

Em 1980, Pozzobon escreve sobre a Imagem Auxiliar:

“Ela deve partir com a bênção do Santuário. Isso significa que… fica unida às belíssimas graças do Santuário e a toda a Campanha. (Nela) a Mãe de Deus se faz presente como alguém que caminha, então não somos só nós, mas nós e Ela. As Auxiliares são um prolongamento da benção do Pai e Fundador (Pe. José Kentenich), do Santuário Original”.

3 – IMAGENS PEREGRINAS PAROQUIAIS

As Imagens Peregrinas Paroquiais são semelhantes à Imagem Peregrina Original e às Imagens Peregrinas Auxiliares. Normalmente são menores e sem as portinhas que protegem a Imagem. Cada Paróquia pode ter sua imagem para utilizá-las em novenas, procissões e outras atividades. Algumas Paróquias organizam um roteiro para a sua imagem paroquial, para que ela visite as diversas capelas, escolas, grupos de catequese, etc. Normalmente, a Imagem Peregrina Paroquial fica aos cuidados da equipe de uma coordenação paroquial, que pode delegar a responsabilidade a uma liderança da Campanha da Mãe Peregrina.

4 – IMAGENS PEREGRINAS OCASIONAIS

As Imagens Peregrinas ‘Ocasionais’ têm o formato mais pequeno que a Imagem Peregrina Paroquial. Elas são utilizadas em diversos apostolados da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt: com os doentes, em estabelecimentos comerciais, nos hospitais, na pastoral universitária, nos Grupos do Terço dos Homens Mãe Rainha, etc. São confiadas a um missionário que organiza o itinerário e a forma de apostolado. Todas as imagens são cadastradas junto ao secretariado da Campanha da Mãe Peregrina.

5 – IMAGENS PEREGRINAS DAS FAMILIAS

As Imagens Peregrinas das Famílias percorrem mensalmente, e em caráter permanente, um grupo de trinta famílias. Cada imagem está aos cuidados de um missionário, responsável pelo apostolado junto às famílias, possui um número, registrado no secretariado responsável pela sua área geográfica.

Estas imagens são as mais conhecidas e populares da Obra do Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Ela está presente em mais de 90 países, prestando um serviço insubstituível de evangelização mariana nas famílias.

6 – IMAGENS PEREGRINAS INFANTO JUVENIL

As Imagens Peregrinas para o apostolado Infanto-juvenil são confiadas a jovens e crianças que se colocam – com a Mãe de Deus – como apóstolos para outros jovens e crianças. Podem ser também utilizadas em escolas e grupos de catequese.

Contatos para aquisição da Imagem da Mãe Peregrina: www.maeperegrina.org.br ou www.schoesntatt.org.br.

Pe. Vandemir J. Meister.

Projeto João Luiz Pozzobon

Juventude

Peregrina da Juventude Heróica

João Luiz Pozzobon não teve somente uma preocupação, mas como também desenvolveu atividades com a Juventude. Logo que se locou no bairro do Km 3, reunia as crianças, na matina dominical animando-os a participar com ele da Santa Missa. Penteava alguns, passava perfume noutros e dizia: “Para uma festa vamos bonitos e perfumados, assim também temos que ir para a missa. ”  Na Vila Nobre da Caridade, fundada por ele, construiu uma capelinha, a qual também servia para reunir as crianças e jovens que recebiam alfabetização e catequese orientado pelas filhas dele.

A palavra herói, foi uma palavra muito importante para o Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Ele sempre repetia, depois de ficar sabendo da vida dos heróis do Movimento Apostólico de Schoenstatt, ocorrido durante as 2 guerras mundiais, especialmente a vida de José Engling;  HERÓI HOJE E NÃO AMANHÃ. Isso ele também queria incendiar os jovens, que tem um espírito aventureiro e de audácia. A ser heróis hoje, e não postergar para o amanhã!

O herói brasileiro João Luiz Pozzobon, em sua visita à França, em julho de 1979, seguindo as pegadas de José Engling, encontrou um estilhaço de granada da Primeira Guerra Mundial, no lugar onde José Engling, como soldado, ofereceu sua vida pelo Santuário e pela Obra da Mãe Rainha Três Vezes Admirável.  Lá, Pozzobon recebeu também uma cruz de madeira, feita dos restos de uma cruz que esteve no lugar onde Engling tombou, perto de Cambrai.

Ao voltar ao Brasil, o Sr. João Pozzobon aproveitou esses símbolos de luta e heroísmo, e mandou confeccionar uma imagem da Mãe Peregrina contendo essa cruz e o estilhaço de granada. Ele a denominou “Peregrina da Juventude Heróica”, e ela foi abençoada no Santuário de Santa Maria, no Natal de 1979 (Cf. Uriburu, Esteban. Herói hoje, não amanhã. Santa Maria, 1991). Ela foi destinada pelo próprio Pozzobon para peregrinar entre os jovens.

Atualmente esta imagem peregrina entre os grupos do JUMAS (Juventude Masculina de Schoenstatt) nas diversas cidades do Brasil. No I Fórum Nacional do JUMAS Brasil, em Itaara, Santa Maria/RS, 2005; sabendo desta iniciativa do Servo de Deus João Luiz Pozzobon, decidem resgatar essa imagem histórica com a iniciativa da peregrinação pelas cidades onde estão localizados os grupos do JUMAS.

JUVENTUDE COMPROMETIDA

O filosofo Sócrates dizia: “Quem não tem um ideal pelo qual viver, não é digno de viver! O tempo de juventude é marcado por busca de ideais, de causas pelas quais dão sentido à viver a vida.

Muitos jovens têm se identificado com a missão de João Pozzobon e encontrado sentido de viver a santidade da vida diária. O Papa Francisco repete várias vezes no documento que não devemos temer: “não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando te criou e serás fiel ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade” (Gaudete et Exultate 32).

O entusiasmo vê-se nos rostos juvenis em entregar a Imagem Peregrina um para o outro.  Desde a infância tem a Mãe de Deus faz questão de peregrinar através entre as crianças que fazem a catequese; onde cada criança leva por uma semana a Imagem Peregrina para sua casa.

A missão de levar a imagem da Mãe de Deus às famílias tem cativado os jovens ao heroísmo e audácia. Sair de ritmo de vida diária e empreender missões levando a Imagem Peregrina nas famílias, ruas, escolas, igrejas, etc. Isso tem originado uma dinâmica cativante de experiência religiosa e comprometimento com o próximo entre os Jovens.

Iniciativas entre os jovens tem criado novas situações, onde a Imagem Peregrina aparece como a grande missionária. Na Pastoral Universitária, formado grupos, os jovens levam a Imagem Peregrina passando de um ao outro. São experiências que marcam suas vidas para sempre.

Pe. Vandemir J. Meister

Projeto João |Luiz Pozzobon

Ermidas

Ermidas da Mãe Rainha

As ermidas, pequenas construções de distintos formatos, são colocadas em lugares estratégicos para proporcionarem às pessoas momentos de lembrança do divino, ocasião de oração, momento de realizar seus pedidos. Ali, gesta-se um pequeno espaço do sagrado, do divino. As pessoas, nesses espaços erigidos, expressam a dimensão interior de sua fé através de algo concreto. Uns, colocam flores, outros ascendem velas, de joelho ou de pé elevam suas orações a Deus.

O servo de Deus, João Luiz Pozzobon, quando visitou a Alemanha no ano de 1979, inspira-se na realidade religiosa desse país. Ao caminhar pelas ruas ele percebeu a abundância de símbolos religiosos nas fachadas das casas e esquinas ou praças. Essa realidade ajuda a criar um espírito religioso em quem as observa.

Voltando ao Brasil ele começa a difundir a colocação das ermidas da Mãe Rainha nos caminhos por onde andava na cidade de Santa Maria e Quarta Colônia. Ao total, ele próprio erigiu 44 ermidas, sendo a primeira colocada na localidade de Arroio Grande/RS.

O próprio João Pozzobon comenta sobre as ermidas: “… nas periferias das paróquias e das capelas, nos lugares aonde o próprio sacerdote não chega… estou colocando um marco, um sinal que facilite a reunião da comunidade. Os párocos deram todo o seu apoio e bênção para a colocação das imagens da Mãe de Deus, Mãe e Rainha… já vou para a sexta ermida. O povo vem, é algo simples, mas atraente; mesmo aqueles que não gostam vão ver, e então a Mãe se encarrega do resto” (Herói hoje, não Amanhã).

As ermidas colocadas por João Pozzobon também tinham outro objetivo no seu trabalho pastoral. Eram um ponto de encontro para a partida, para a peregrinação.  Assim comenta ele: “Essas ermidas sejam pontos de partida, de onde o povo vem ao Santuário.”

Esses ermidas da Mãe Rainha não eram somente meros marcos marianos colocadas em qualquer lugar disponível, tinham uma estratégia e uma organização pastoral em torno dela:

  1. Formato: Eram de feitio modesto, para não complicar a captação de recursos, que muitas vezes poderia ser uma dificuldade para erigir uma ermida da Mãe Rainha. João Pozzobon dizia: “As ermidas eram singelas: uma imagem da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em bronze, fixada num pedaço de madeira cravado na terra e, sobre a imagem, um pequeno telhado de zinco de duas águas” (Herói hoje, não Amanhã.).
  2. Benção da Ermida: Para João Pozzobon o Santuário da Mãe Rainha tinha uma função fundamental na irradiação da espiritualidade e das Graças de Nossa Senhora com o título de Mãe Rainha. Tudo tinha que partir desde o Santuário. Para seu trabalho apostólico sempre partia do Santuário. Sobre as ermidas comenta ele: “Eram bentas no Santuário, realizando uma segunda bênção com o povo, no local onde eram colocadas. Nessa ocasião se costumava fazer uma romaria com os vizinhos, uma pregação e uma oração de consagração” (Herói hoje, não Amanhã).
  3. Vida pastoral entorno da Ermida: As ermidas da Mãe Rainha geralmente estão localizadas longe de algum espaço religioso. Foram erigidas justamente para substituir a falta desses espaços; e por isso, também deveria haver um certo cuidado espiritual com o local da ermida realizando atividades. Comenta o Servo de Deus: “Aos sábados, reza do terço. Nas primeiras sextas-feiras do mês, reza da via-sacra. Aos dias 18, ‘reúnem-se como símbolo da união com o Santuário…’ Quanto possível, uma vez ao ano, celebração da Santa Missa. ‘Essas ermidas sejam pontos de partida de grupos que virão ao Santuário.’” (Herói hoje, não amanhã)
  4. Um missionário: Cada ermida da Mãe Rainha tem que ter uma pessoa responsável assumindo como um apostolado o cuidado e organização da vida ao entorno da mesma. João comenta: “Necessita-se de um líder… que em cada ermida reúna a gente e faça essa caminhada até o Santuário”

Assim, outros foram inspirando-se no trabalho do Servo de Deus João Luiz Pozzobon e também foram difundindo  e erigindo novas ermidas, como um sinal da presença da Mãe de Deus nos caminhos. Ela é a Guia que nos conduz até o porto seguro da salvação!

Inclusive foi erigida uma ermida no polo Antártico.  O Padre Audinei Carreira da Silva, capelão da Marinha, na expedição para a Antártida, com o Navio Barão de Teffé, em 1984, empenha-se de erigir uma no meio do gelo.

Pe. Vandemir Jozoé Meister

Projeto João Luiz Pozzobon

Escolas

Escolas

As escolas formam o futuro de uma nação e o futuro de cada cidadão. A formação intelectual foi sempre uma preocupação para o Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Mesmo ele não podendo desfrutar desta riqueza em sua adolescência e juventude, ele nunca usou como justificativa para negar-se a promoção da formação intelectual. Mesmo como pai de família, incentivou que seus filhos sempre estudassem.

O seu apostolado com a Mãe Peregrina, um dos objetivos, foi percorrer as escolas e despertar o amor a Mãe de Deus nas crianças. Muitas pessoas testemunham até os dias de hoje os dias que o Sr. João Pozzobon chegava às escolas. Era um dia diferente. Parava o ritmo das atividades para acolher o Sr. João com a Peregrina.

Ele, logo no início da Campanha da Mãe Peregrina (1950) se preocupa com o tema de proporcionar aos mais necessitado a formação para que pudessem ser inseridos na vida da sociedade.

Para ele não havia impedimento para a transmissão de conhecimentos. Não era a falta de infraestrutura que poderia impedir. Os antigos filósofos todos foram formados em plenas praças públicas, sem um teto para cobrir suas cabeças.

Na Vila Nobre da Caridade, fundado por ele; constrói uma capelinha coberta com Capim. Ali, no dia 17 de março de 1954, ele funda, juntamente com a presença do Padre Gabriel Bolzam a escola que levará o nome de Escola Vicente Palotti, com a presença dos seus primeiros 15 alunos.

A primeira professora a tomar a frente dos alunos foi a própria filha do Servo de Deus. Nome das professoras que lecionaram na escola Vicente Pallotti:  Senhorita Nair Pozzobon 1954 – Maria Medeiros 1955-1956 – Odete Oliveira 1957 1958 – Sra. D. Elena Deolinda da Silva 1959 a 1961 – Srta. Ana do Carmo Colvero 1962 a 1964.

A segunda escolinha teve lugar no endereço da  rua São João do Polêsine, nº 50 – Vila Bilibiu, Km 3, Santa Maria/RS.

No dia 20 de maio de 1954 iniciou-se a construção de uma capela, chamada de Capela Branca, então localizado no final da Av. Osvaldo Cruz; sendo concluída no dia 14 de junho do mesmo ano.

No daí 07 de março de 1958 começa a funcionar ali também uma escolinha.

Por necessidade de expansão da estrada, a capela foi recolocada, para próximo do viaduto do km 3 e reinaugurada no dia 04 de agosto de 1963.

Pe. Vandemir Jozoé Meister

Projeto João Luiz Pozzobon

Casas Sociais

CASAS SOCIAIS

– Vila Nobre da Caridade –

João Luiz Pozzobon por estar inserido na realidade social, não partia de sonhos realizado em confortáveis mansões por ideólogos que não conhecem o sentir de quem sofre no dia a dia a experiência existencial de não ter um lugar para habitar ou para repousar seu corpo durante a noite, e guardar seus poucos pertences. João vivia entre os mais necessitados como também teve a experiência de também não ter um lugar para viver. Logo que ele perdeu sua primeira esposa, depois de gastos todos seus recursos financeiros para o restabelecimento da saúde de Teresa; vivencia ele também a experiência de necessitar da ajuda de outros para ter um lugar onde morar. Ele, antes de adquirir a casa atual, localizada no atual Km 3, bairro Dores, Santa Maria/RS, no mesmo bairro ele recebeu uma casa para viver até ter condições para conseguir uma casa para ele e sua família.  As experiências da vida o marcam e o capacitam para tomar iniciativas humanitárias básicas de auxílio ao próximo.

Vendo a precariedade das famílias que chegavam à cidade de Santa Maria, vai ele em auxílio das mesmas.

Em 1952, dois anos após começar com a Campanha da Mãe Peregrina, começa a construir pequenas casas, no local onde ele próprio denomina como Vila Nobre da Caridade. Como não tinha bens econômicos para tal,  pede ajuda para os vizinhos e todos os que podiam colaborar com algo. De sua casa leva materiais que já não necessitava para uso próprio. Assim foi construindo as primeiras casas. Ao total a Vila Nobre da Caridade foi constituído por 14 casas. Cada casa recebia o nome de uma flor. João estava preocupado, mesmo na absoluta pobreza, com a dignidade de cada um e a dignidade do ambiente onde os mesmos viviam. Podemos aplicar o velho ditado popular: “Pobre, mas limpo.” Para um ordenado convívio dos vizinhos na Vila Nobre da Caridade, João Pozzobon elaborou um termo de convivência, com direitos e deveres para todos aqueles que ali residiam. As casas não eram cedidas como propriedade, mas provisoriamente para uso até que a família tivesse condições de transladar-se para sua própria casa ou aluguel. Ele buscava promover as pessoas para que pudessem tornar-se independentes economicamente e continuar a vida construindo suas próprias famílias.

Suas ações, nunca estava separado da oração e do oferecimento dos sacrifícios como Capital de Graças para Nossa Senhora. Ele sentia-se com um instrumento nas mãos de Nossa Senhora. Por isso, não perdia a ocasião para manter orientado as pessoas, com as quais ele tinha contato, a crescer no diálogo com Deus.

A construção das casinhas na Vila Nobre era construída pelos próprios moradores em mutirão. Era a solidariedade de todos em favor de todos. Com esta pedagogia João desenvolvia a responsabilidade de todos pelo zelo da Vila. Na Vila também foi construído uma capelinha, a qual se chamou capelinha Azul; sendo que a mesma serviu com uma Escola e lugar para a catequese das crianças.

Pe. Vandemir Jozoé Meister

Projeto João Luiz Pozzobon

Capelas

O Servo de Deus, João Luiz Pozzobon, ao percorrer os caminhos levando a Imagem da Mãe Rainha, foi percebendo as diversas necessidades, especialmente ficava muito sensibilizado com aqueles que menos acesso aos bens, fosse material, cultural ou espiritual. Uma das suas preocupações foi levar a igreja para mais próximo desses pessoas. Assim, também teve a preocupação de construir capelas para que as pessoas tivessem um local mais próximo onde pudessem alimentar sua fé. Esses locais também serviram para a formação catequética.

Ele construiu 3 capelas levando o nome de cores: Capela Azul, Capela Branca e Capela Rosa. Estas são as cores que estão no manto da Mãe Rainha.

  1. CAPELA AZUL

– Capela do Abrigo da Mãe –

Esta capela está situada na Travessa Alameda Sibipiruna, Nº 41 – Cerrito, Santa Maria/RS, na Vila Nobre da Caridade fundado por João. A ideia da construção da Capela Azul, inicialmente “Capela do Capim”, teve sua origem em julho de 1952 durante uma visita do Sr. João Luiz Pozzobon, com a imagem original da Mãe Peregrina às famílias do Cerrito.

O Sr. João foi visitar a casa de uma determinada família. Iria deixar a Imagem Peregrina nesta família durante a noite. A pobre família, não tinha espaço para deixar a Mãe de Deus, e queria dar um espaço digno para Nossa Senhora que visitava sua casa. Decidiram de desocupar o quarto das crianças e ali hospedar Nossa Senhora por uma noite. Assim, as todos foram dormir no pequeno estábulo onde pernoitavam as cabras.

O Sr. João ficou sabendo no dia 07 de dezembro de 1952 desse acontecimento, dia seguinte quando retornou à casa da família. Pressentiu nesse acontecimento que Ela desejava um lugarzinho naquele local. Assim inspira-se João Pozzobon para construir a primeira capela, convidando a mesma família para ajudar a construir. A preocupação da família era como conseguir dinheiro; João imediatamente soluciona com a proposta de cobrir com capim.

A construção da capelinha começou do dia 10 de dezembro de 1952 sendo inaugurado no Natal do mesmo ano. No dia da inauguração. A capela foi coberta com capim, pois era o material que tinham disponível para o momento. A capela ficou coberta com capim até 01 de maio de 1964. Ela foi conhecida primeiramente como “Capela do Capim”. No dia da inauguração, foi feito uma festa com distribuição de cucas e terços aos que se fizeram presentes.

No dia 17 de março de 1954 começa a funcionar também ali a Escolinha Vicente Pallotti.

A construção da “Capela do Capim”, mais tarde Capela Azul iniciou em 10 de dezembro de 1952, sendo concluída em 23 de dezembro do mesmo ano. A inauguração ocorreu no dia 25 de dezembro de 1952, dia de Natal, com uma missa celebrada pelo Pe. Gabriel Bolzan.

A cor azul foi escolhida pelo Sr. João L. Pozzobon, não só por causa do manto de Maria, mas também pelo significado de abrigo.

   

  1. CAPELA BRANCA

 – Capelinha Envio Apostólico –

Esta capela está situada na rua São João do Polêsine, nº 50 – Vila Bilibiu, Km 3, Santa Maria/RS.

No dia 20 de maio de 1954 iniciou-se a construção desta capela, então localizado no final da Av. Osvaldo Cruz; sendo concluída no dia 14 de junho do mesmo ano. No dia 14 de junho rezou o primeiro terço com a participação de 194 pessoas e a primeira missa foi celebrada alguns dias depois, 14 de junho de 1957

Por necessidade de expansão da estrada, a capela foi recolocada, para próximo do viaduto do km 3 e reinaugurada no dia 04 de agosto de 1963.

Igualmente à primeira Capela, aqui também acolheu uma escolinha começando a funcionar no dia 07 de março de 1958.

A Capela Branca é conhecida por ser um dos três pontos de partida da Romaria da Primavera promovida pelo Sr. João.

Na Capela Branca era celebrada a Bênção das Sementes, até 1968. Acontecimento que o Sr. João transferiu para o Santuário ao findar de uma das Peregrinações.

Na época das incompreensões (tempo que os órgãos internos da Igreja, buscavam compreender a espiritualidade no seu todo), época difícil para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, a Capela Branca foi utilizada para a celebração das missas, pois o Santuário estaria por “fechar suas portas”.

A cor branca, para o Sr. João Luiz Pozzobon, significava a transformação.

  1. CAPELA ROSA

– Capelinha do Amor –

A capela Rosa está situada na rua Bosque, 505 Vila Floresta, Santa Maria/RS.

A construção da Capela Rosa tem em sua história fatos especiais. Tudo começou quando o Sr. João L. Pozzobon percebeu o crescimento do número de moradores da Vila Floresta.

Resolveu realizar as visitas às famílias, com a imagem da Mãe Rainha, e foi através desta iniciativa que conheceu o Sr. Gabriel Forner e Sra. Amália. Foi numa noite, após rezar o terço, que, ao conversar com o Sr. João, o Sr. Gabriel prometeu a doação do terreno onde seria construída a capelinha da Vila Floresta. Logo em seguida, o Sr. Gabriel ficou muito doente e veio a falecer, mas como era de sua vontade sua família cumpriu com o prometido e doou o terreno para a construção da capelinha.

A construção começou em fevereiro de 1971. Como era costume do Sr. João sempre envolver as pessoas no que realizava, convidou as crianças também para participarem da construção da capelinha carregando tijolos, o que prontamente aconteceu.

A Capela Rosa foi concluída em 9 de março de 1971. O dia festivo para a inauguração e benção foi em 18 de abril de 1971 com a celebração da eucaristia presidido pelo Pe. Achiles Rubin e Pe. Dorvalinho Rubin e Pe. Irineu Trevisan.

Segundo Sr. João, a cor rosa significa a fecundidade e as portas brancas, a inocência das crianças e as almas que caminham para o céu.